Prevenção de tromboembolismo venoso em pacientes oncológicos internados
Por Roberta Ruchiga [Produzido em janeiro de 2022]
Até 10% dos pacientes com câncer podem desenvolver tromboembolismo venoso, o que causa aumento de mortalidade
A ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes oncológicos pode interferir no tratamento e qualidade de vida, além de apresentar risco de reaparecimento cerca de 2-9 vezes maior do que a população geral. Durante a internação, surgem diversos fatores de risco que podem levar ao TEV, como a hospitalização, imobilidade, cirurgias ou o tipo do tumor e terapia.
Em pacientes com mobilidade reduzida e que não apresentam risco de aumento de sangramento, é indicada profilaxia farmacológica. A escolha dos agentes utilizados na profilaxia consiste na disponibilidade da instituição e quantidade de medicamentos.
São eles:
• Heparina de baixo peso molecular;
• Heparina fracionada;
• Fondaparinux.
A profilaxia de TEV é recomendada também em pacientes internados para cirurgia durante o pré-operatório. Nos casos de internação, é recomendável evitar Varfarina, uma vez que o efeito de ação antitrombótica é tardio, além da necessidade de ajustes da dose.
Os novos anticoagulantes orais também não são recomendados, já que há um risco de sangramento maior do que as Heparinas.
Como proceder se o paciente estiver plaquetopênico?
O paciente deve ser considerado seguro se as plaquetas estiverem acima de 50 mil.
Entre 25 mil e 50 mil, a decisão deve ser individualizada.
Menor que 25 mil, é recomendável evitar a profilaxia.